Depois
das manifestações do dia 13 e 15, criou-se certa expectativa de
qual seria a próxima grande manifestação. Há atos marcados para o
dia 31 de março, 12 de abril, 1o.
Maio...
Mas
para surpresa geral, o próximo grande ato não será a favor ou
contra determinado partido político ou dirigente, será um grande
ato mundial
em defesa das ciclovias de São Paulo (dia
27/03/15).
Vejam
os locais em
que
já há confirmação (e não para de crescer):
Brasília entrou também com sua bicicletada e seu apoio!
https://www.facebook.com/ events/1037454626284371/
Palermo - Itália em apoio a SP!
https://www.facebook.com/ events/1411195765852113/
https://www.facebook.com/
Palermo - Itália em apoio a SP!
https://www.facebook.com/
https://www.facebook.com/
San Francisco - EUA - menção em apoio a São Paulo!
https://www.facebook.com/
Köln / Germany - Solidarity in support of São Paulo's Bike Lanes
https://www.facebook.com/
Maringá em apoio a SP!
https://www.facebook.com/
München - Germany - Solidarity in support of São Paulo's Bike Lanes
https://www.facebook.com/
Recife em apoio a SP!
https://www.facebook.com/
Campo Grande em apoio a SP!
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Florianópolis em apoio a SP!
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Natal em apoio a SP!
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Fortaleza em apoio a SP!
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Blumenau em apoio a SP!
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Rio de Janeiro em apoio a SP!
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Belo Horizonte em apoio a SP!
https://www.facebook.com/
O
Judiciário de nossa principal megalópole parece que, em determinados
momentos, tem se confundido a respeito das próprias atribuições e
tentado se fazer passar por poder Executivo. A pouco mais de uma ano,
simplesmente barrou uma atualização dos valores do IPTU (que inclusive baixaria o IPTU em áreas mais pobres), medida a
qual, discordemos ou não, é atribuição do ente federativo
municipal.
Agora
vem uma promotora e pede uma liminar para que seja barrada a
ampliação de TODAS ciclovias da cidade e ainda pede para desfazer a
da Avenida Paulista. Eis que em ato contínuo o Juiz acata parcialmente a
liminar, apenas desconsiderando o pedido da Paulista.
Resumo
da tragédia: Um prefeito eleito começa a cumprir seu programa de
governo, o qual constava ampliação das ciclovias, e um poder não
eleito pelo povo, diz que aquela política pública não é de
interesse do povo.
Parece
que ser contra tudo que venha do PT virou profissão de fé de várias
pessoas pelo país,
ainda que a medida beneficie a própria pessoa. Dizem até que um ou
outro parou de andar de bicicleta por ser aquela política
implementada pelo PT e apoiada por “ciclo-ativistas” chatos.
Mas
preocupa mesmo é quando esse sentimento vem de agentes com
considerável poder dentro das instituições. Achar que bicicleta é
coisa de comunistas ou de “vermelhos” é mostrar que a
mentalidade Tea Party fecundou nossas terras. O
surrealismo destas paranóias tiveram seu auge com a ação do
deputado
estadual Joseph Jo Raymond Diwan (PSDB), o
qual viu na cor vermelha uma propaganda subliminar do partido que
governa. Mais um pouco e chegaremos às loucuras de alguns americanos
anti-Obama que poluem o ambiente para pirraçar os “ecos-chatos”
(
http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/07/eua-nova-moda-e-poluir-o-meio-ambiente-de-proposito/).
O
curioso é que muitas dessas pessoas quando viajam para a Europa ou
os EUA, sempre ficam deslumbradas com a “civilidade” dos mesmos,
de usarem a bicicleta para transporte, de terem malha cicloviária,
de desfrutarem de maior qualidade de vida, etc... Todos sabem que a
bicicleta tem ganho espaço no mundo todo, principalmente nos
adorados países desenvolvidos. Contudo, quando aqui chegam, tratam
logo de refutarem a ideia, brandindo que somos incapazes,
incompetentes e incivilizados para alcançarmos tal patamar de
organização.
Tem
horas que suspeito que mais do que uma síndrome de vira-lata, o
sentimento inconsciente é de que caso também venhamos a nos
desenvolver, desfaz-se o encanto das tão cultuadas viagens
internacionais. Temos que ser avacalhados para continuarmos cultuando
a
santa
majestade estrangeira...
Mas
voltando ao papo da política conheço vários ciclistas que não costumam votar no PT e que
votaram no Aécio Neves nesta últimas eleições, aliás, até
arriscaria dizer que são maioria entre os ciclistas. Contudo,
tirando aqueles que adotaram uma postura de guerra total, de que
“tudo-que-venha-do-PT-é-ruim”, uma boa parte continua com a
saudável postura sábia e responsável de avaliar as coisas
separadamente. Um governante pode estar num partido que eu não
gosto, mas efetivar algumas políticas com as
quais
eu concorde.
Parece que a intenção da medida tomada pela promotora Camila Mansour é amarrar o governo de Fernando
Haddad, tentando lhe tirar o seu principal carro-chefe de gestão. Contudo, forneceu agora um elemento de união para os ciclistas não só de São Paulo, mas de todo o Brasil e deixou exposto o lado político do Judiciário.
Ou seja, assim
como a maioria das pessoas não costuma gostar de discussões
partidárias, acredito que irão rechaçar ainda mais essa
politização escancarada do Judiciário. Gostem ou não
do
PT, o prefeito Fernando Haddad está apenas cumprindo um dos pontos
de seu programa de governo. Por outro lado, a decisão judicial contra as
ciclovias demonstra
um viés partidário que não pode perpassar um poder
que pretende "neutro".
Por último, para
a Camila Mansour, recomendo o mesmo que para qualquer pessoa. A
bicicleta não é só um bom meio de transporte a contribuir para o
meio ambiente e diminuição do tráfego. Equivoca-se quem pensa que
ciclistas são eco-chatos ou altruístas sacrificando-se em nome de
um bem maior. Na verdade, o prazer de andar de bicicleta, de se
exercitar, de liberar a endorfina, de encontrar com as pessoas e
conhecer melhor a cidade, nada mais é do que um prazer egoísta. Os
ciclistas estão procurando o próprio bem-estar, como bem pregam
qualquer liberal que se preze. A diferença é que a bicicleta é um
bem mais acessível e democrático.
Então,
esqueçam os fantasmas do comunismo, não tenham medo e venham
pedalar com a gente no dia 27. Aposto
que a própria Camila Mansour mudaria de ideia após um prazeroso
passeio.
#Ciclistasporsaopaulo
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