quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Globo e FHC superam Netflix!

Eu que gosto muito dos seriados do Netflix, só que agora arrumei uma série com um enredo muito mais instigante.
No Netflix as séries se misturam, como Arrow e Flash, Demolidor e Jéssica Jones, ou fazem continuações como Breaking Bad e Better Call Soul...
Pois bem, eis que a série da vida real do Triplex-global-mega-irregular-em-área-de-preservação-ambiental começa a imitar o Netflix, misturando-se com outras histórias.
O enredo é fascinante, um dia se prende dois diretores da Mossak Fonseca, os quais destruíam provas, onde Moro acreditou ser o caminho a descobrir uma possível offshore do Lula. No outro dia, descobre-se que o palácio praiano global é controlado exatamente por essa Mossak
Acontece então um evento curioso. Até então, quase todas as prisões preventivas das 21 operações anteriores eram "eternas". Normalmente ou o preso delatava (contando que não fosse o Aécio e preferencialmente alguém do PT) e tinha um desconto de 97,5% na pena ou ficava indefinidamente na prisão esperando uma pena de alguns milênios (Wou, o Marcelo Odebrecht vai precisar se banhar na água de Ra's al Ghul da série Arrow para conseguir viver tanto tempo...) A surpresa geral foi que os nobres funcionários da Mossak Fonseca, os quais foram pegos destruindo provas (fundamentação clara de uma prisão preventiva) simplesmente não tiveram que lidar com o velho dilema do prisioneiro, eles foram soltos pelo juiz Sérgio Moro, coincidentemente logo depois de demonstrada a ligação entre a Mossak e as propriedades dos Marinhos...
Por fim, a tal operação Triplo X também some dos noticiários e o mundo passa a girar em torno do sítio de Atibaia e do barco de lata de Dona Marisa.
Em seguida, começa a nova série, uma trama de relacionamentos amorosos, paixões e traições, estrelados pelo ex-príncipe FHC e sua amante. Esses enredos costumam ser de gosto duvidoso, ainda mais quando se misturam a objetivos políticos. Mas eis que este seriado consegue superar as moralidades comportamentais e também revela uma trama política bem interessante nos moldes de House of Cards.
O melhor da segunda série é que o tão bradado varão de plutarco começa a tropeçar nas explicações de como mandava dinheiro para o filho bastardo. Uma hora diz que mandava diretamente, que tá tudo declarado, que doou uma casa, outra hora diz que não tem conhecimento dos pagamentos feitos via Brasif como alega a amante. Mais recentemente se disse confuso, por ser algo de longa data e que prefere esperar explicações da dita Brasif.
Somente essas questões já levantam uma série de indagações: Como FHC declarou US$ 100 mil que alega ter repassado ao filho? Na sua declaração de renda em 1998, consta apenas US$ 23,2 mil, de onde vieram os US$ 100 mil? Para que repassar o dinheiro via uma empresa offshore? E o conflito de interesses nítido com uma empresa que recebia e tinha renovada suas concessões de operar os Duty Free dos aeroportos?
Na verdade, os pontos de interrogações são tantos e parece que a cada episódio surgem mais questões.
Contudo, a inovação do seriado FHC-Mirian é exatamente o fato de também adentrar no seriado da mansão global. A rede Globo de televisão não só pagava os desconhecidos serviços prestados por Mírian na Espanha. A tal empresa Brasif também tinha parceria societária com as empresas laranjas que os Marinhos usam em sua versalhes praiana e também em helicópteros privativos.
Não é expantoso como enredos aparentemente distintos acabam caminhando juntos? Resta saber se a ideia de usar a Brasif também passou pela própria Rede Globo. É possível que sim, tendo em vista que a emissora se apressou a tirar o corpo fora e despreocupou-se em salvar o príncipe. Diga-se de passagem que, antes das revelações de Mírian Dutra, a emissora foi extremamente zelosa em nunca divulgar os embaraços amorosos do seu presidente preferido. Agora parece preferir jogar FHC aos crocodilos para se salvar. Mas Globo e FHC parecem que desde o início estavam enrolados nessa trama fascinante...
O único ponto negativo de toda essa trama é que ela com certeza terá um desfecho previsível. Enquanto algumas séries surpreendem com finais fora do padrão. A série FHC-Globo-Mírian-mansão-Mossak já tem um final escrito, com todos os envolvidos se salvando, pois como já disse o juíz de camisa negra NADA DISSO VEM AO CASO...

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